A comunicação humana sempre
ocorreu por todos os meios disponíveis desde os tempos mais remotos,
testemunhados pelas pinturas rupestres de Lascaux, na França; (representativas
de caça, luta pela sobrevivência desde períodos pré-históricos, as inscrições
milenares são amostras da capacidade histórica de transmissão de mensagens).
A invenção do alfabeto fenício tornou-se a grande
alavanca dos contatos sociais e comerciais da humanidade. Os tipos móveis de
Gutenberg, por sua vez, foram o invento cultural mais significativo para os
povos, com maior repercussão que a descoberta da América por Colombo na mesma
época.
A facilidade gráfica, associada à linguagem verbal ou
não, aproximou as comunidades mais distantes. A criatividade humana inundou as
sociedades com diferentes modalidades do uso da expressão de ideias e
sentimentos.
A ilustração, por exemplo, ao contrário das mensagens em
quadrinhos, “possibilita uma visão mais ampla do conjunto, mas por outro lado
exige um maior tempo de leitura.”
A imagem em quadrinhos, por sua vez, com “sequência
narrativa é bem mais criativa”; popularizou hábitos de uma maior transmissão de
costumes, cultura e lazer. Faculta uma visão gráfica de atividades sequenciais
em todas as áreas humanas.
Exposto através de vinhetas seriadas, empolgou plateias
na constituição de desenhos animados na história do cinema. Expressando-se pela
linguagem verbal ou não, com uma sucessão de imagens significativas e em série,
recheou inúmeras revistas durante décadas facilitando o desenvolvimento
cognitivo.
Recentemente popularizou sua utilização de modo cada vez
mais inteligente, com mensagens políticas, de protesto, compartilhamento, lazer
e educativas. Podem ser enriquecidas com uma fertilidade de detalhes
comunicativos, expressos por distintas formas gráficas de balões junto às
personagens, manifestando pensamentos e as variadas reações humanas. A grafia
diferente de cada um deles com conteúdo verbal ou não, transmite as emoções
vividas pelos figurantes.
O fascínio que envolve a linguagem dos quadrinhos
certamente reflete o paralelo que o ser humano faz com os atos seriados da sua
vida, a montagem sequencial da realidade dos fatos; a linha de tempo que
transpõe décadas, num movimento contínuo de sucessivas etapas.
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