A influência que os seres exercem uns sobre os outros já é conhecida desde o antigo Egito. Porém foi Mesmer quem despertou a atenção pública no século XVIII, dando origem à doutrina chamada mesmerismo, que valoriza a transfusão energética e criou muita polêmica no meio médico europeu daquela época.
A
razão de falar sobre este assunto
foi o motivo que me intrigou desde o tempo que estudava na faculdade de
Medicina, até 1970. Campo magnético e eletromagnetismo sempre foram ventilados no segundo grau, nas aulas de Física.
Mas o mesmerismo, combatido na sua divulgação
e jamais comentado em cursos médicos, passou a ter outro enfoque no século atual.
O que me causava muita apreensão no período
estudantil era o fato do meu excessivo envolvimento emocional no acompanhamento
de doenças, nos estágios hospitalares, sentindo sintomas semelhantes aos dos pacientes, em
todas as disciplinas, com exceção é claro das obstétricas e ginecológicas, sem
nenhum embasamento físico.
Bueno, curso e residência
concluídos, conflitos resolvidos, começou uma nova fase, o atendimento individual, com muitos pacientes
internados e em consultório. Naquela época se atendia também inúmeros pacientes
em suas residências. Nunca consegui entender porque alguns me desgastavam
tanto, com uma prostração incomum. Chegou às minhas mãos naquela época o livro “Médico de Homens e de Almas¨, de Taylor Caldwell, onde São Lucas se abalava
até ao desmaio após seus atendimentos, o
que me deixava mais consolado. Mas de
São Lucas nunca tive um pinguinho de santidade.
O interesse por este tipo de
vampirismo magnético foi cada vez maior, já que inúmeros de meus pequenos
pacientes eram exaustivamente investigados, não apresentavam nada clinicamente
e em seguida melhoravam muito, me deixando na verdade em “lasca”. Passei a
entender melhor quando li “Mesmer - a ciência negada e os textos escondidos” de Paulo Henrique de
Figueiredo, que relatam os atropelos do ilustre médico em sua época com a
divulgação de uma doutrina milenar.
O ser humano é o maior eletro-íman do
magnetismo animal, segundo Mesmer, materialista, ou do chamado “Magnetismo
Espiritual”, de Michaelus, ambos com
denominações diferentes mas com o mesmo significado e que ocorrem de uma
maneira bem natural, em qualquer que seja o indivíduo, independente de sua
profissão. É claro, quanto mais exposto estiver o vampirizado, como o médico,
mais solicitada é a sua energia. Relato isto porque seguramente muitos
profissionais e estudantes de medicina passam ou devem ter passado por
situações semelhantes.
Modernamente o assunto, graças a Deus,
virou moda, com instruções para a reposição energética. O livro “Você pode
se curar - atinja o equilíbrio
praticando a bioenergia” de Seka Nikolic, nos faz entender que o seu método é mais
uma vez a essência do mesmerismo.
Do
mesmo modo vem da China, de autoria do Dr. Zhi Gang Sha “O poder da cura, as 4
chaves para energizar o corpo, a mente e o espírito”, com o mesmo enfoque, mas
com o uso de técnicas orientais. Se as faculdades relacionadas à saúde
disponibilizassem em seu currículo um espaço para estas aquisições, acrescidos
também dos recursos de conhecimentos homeopáticos de Hahnemann, acredito que só
iriam engrandecer o fantástico arsenal da moderna terapêutica médica.
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