No Brasil até a
primeira metade da década de 1980,havia alta incidência de paralisia infantil, com a ocorrência de sequelas , naquele período, de forma significativa.
Em 1994, após 3 anos
sem casos de doenças nas Américas , a OMS (Organização Mundial de Saúde) certificou
a erradicação da transmissão do
vírus no continente.
A partir disso, o
Brasil e demais países da região
estão comprometidos em manter uma cobertura
vacinal eficiente.
A erradicação da doença no país se deve à
manutenção das coberturas vacinais de
rotina, às campanhas de vacinação em
massa com vírus vivos atenuados ( Sabin) desde 1988 e ao aumento do poder imunogênico
da vacina usada no Brasil, utilizando a
figura popular do Zé Gotinha, para maior divulgação e aceitação.
Outra luta que já traz
grandes resultados é a “antipólio” cuja
vacina oral é a única recomendada pela OMS que utiliza vírus vivo atenuado. Entretanto o sucesso
obtido nas Américas não é o mesmo encontrado no Afeganistão, Paquistão e
Nigéria, devido à negligência na
conservação da vacina nesses países. Sendo assim, há que se continuar
investindo tanto nas campanhas quanto na qualidade dos serviços (conservação e
todos os cuidados) para obter resultados
de relevância.
Entre os dias 11 de
junho e 06 de julho de 2012 está ocorrendo no Brasil , a Campanha
Nacional de Vacinação contra a Paralisia Infantil .As vacinas estão
disponíveis para todas as crianças de 0 a 5
anos de idade nas unidades de
saúde e também através de visitas em determinados locais conforme o
cronograma.
A Campanha Nacional de Vacinação 2012 terá como
meta imunizar 13,5 milhões de crianças
menores de 5 anos , o que representa 95% do público – alvo definido pelo
Ministério de Saúde. Neste ano a imunização será feita em dose única , com
duas gotinhas. A dose deve ser
evitada apenas se a criança apresentar
febre ou algum tipo de doença aguda.
Ao todo , 350 mil
profissionais de saúde devem participar da ação, que vai contar ainda com 42
mil veículos terrestres , marítimos e fluviais.
Serão distribuídas 23
milhões de doses em todo o país. Os investimentos com a campanha segundo o
Ministério de Saúde , somaram R$ 37 milhões, repassados aos estados e municípios , sendo R$ 16 milhões apenas com a aquisição de vacinas.
Um dado importante que
não deve ser desvalorizado na vacina oral contra a pólio, é a ocorrência da
doença vacinal (provocada pela vacina), rara ,
porém presente na proporção de 1/6 milhões de crianças vacinadas nas campanhas
ou no uso dos esquemas habituais
de vacinação utilizando a vacina “Sabin”.
Os efeitos adversos fez com que os países de primeiro mundo, como os
EUA, desde o ano 2000 abandonassem o seu uso, em
troca da vacina injetável com vírus
inativado ( Salk ), sem nenhuma
ocorrência de dados colaterais nestes casos.
No Brasil a vacina
Salk, até então, é disponibilizada apenas para crianças portadoras do vírus HIV.
A doença provocada pelo uso de vacina com o vírus vivo atenuado contra
a pólio, é constatada como já citamos,
apesar de ser pouco comum. Surge
em até 40 dias após a vacinação oral,
com quadro de paralisia flácida de membros
inferiores trazendo as mesmas sequelas.
Pelos dados citados sabe-se que pelo menos 2 casos de paralisia
são “provocados” por ano no país.Isso significa que menos 50 ocorrências já foram identificadas em
consequência da própria vacina “Sabin”.
Finalmente a título de
comparação, o mau resultado da doença vacinal pela Sabin, tem o risco de produzir 1 caso de
paralisia para 6 milhões de vacinados,
enquanto que a probabilidade no ganho de uma mega sena é de 1 para 50
milhões de apostadores.
Embora as probabilidades da doença vacinal
apresentarem índices muitos pequenos, aguarda-se com ansiedade que esta troca
oportuna de vacina Sabin pela Salk seja
uma rotina também em nosso país, acabando definitivamente com todas as
ocorrências de paralisia infantil
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