sexta-feira, 29 de junho de 2012

Latinhas de Coca - Cola Brasileira têm Grande Taxa de Corante Cancerígeno




Você é como a maioria das pessoas fanáticas por coca cola? Uma substância usada nesta bebida tem no chamado corante caramelo, uma substância até então desconhecida para nós leigos, bebedores do refrigerante. O complicado nome do vilão é 4-metil imidazol (4-MI), e em altas quantidades poderia  levar ao câncer.  Até aí tudo parece “normal”, porque todo mundo sabe que junto aos enlatados que se consomem, o que não faltam são conservantes. Porém as inocentes latinhas brasileiras teriam 267mcg do tal 4-MI no seu conteúdo. A Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) informou que estaria dentro dos “limites normais, não excedendo 200mg/kg”.
Um estudo americano, entretanto, mostrou que seu uso no Brasil, nas latinhas da citada bebida, que tem uma fórmula secreta, excede a tudo o que se toma no mundo, nos mesmos moldes, sendo praticamente o dobro do usado nos EUA, e 5 a 6 vezes mais que a mesma quantidade vendida na China e no Japão.
Aliás, protestos na Califórnia, teriam feito sua dosagem baixar para somente 4 mcg por conteúdo. Alguns toxicologistas consultados no nosso país alertam que “pouco menos que o dobro do limite legal” é suficiente para intoxicar animais de laboratório, expondo-os a câncer de pulmão, alterações hepáticas e neurológicas com excitabilidade e convulsão.
A Coca-Cola Brasil afirmou que os “índices de 4-MI são seguros e dentro dos padrões da ANVISA”.
Mas não falta o questionamento de tudo o que se come e bebe, de produtos vendidos em supermercados com agrotóxicos, enlatados ou não, e nas bebidas similares,   o quanto teriam de “drogas em níveis legais”,  porque o que mais aparece em  assustadoras ocorrências,  são todos os tipos de câncer, em  inúmeros  órgãos expostos às intoxicações.
O alerta é preocupante, mas com certeza a fiscalização deveria ser mais abrangente com relação aos alimentos consumidos e, a população mobilizada para o seu devido controle.           

terça-feira, 26 de junho de 2012

Doença causada pelo vírus vivo atenuado da vacina da poliomielite produz sequela


No Brasil até a primeira metade da década de 1980,havia alta incidência de paralisia infantil,  com a ocorrência de sequelas ,  naquele período,  de forma significativa.
Em 1994, após 3 anos sem  casos de doenças nas Américas ,  a OMS (Organização Mundial de Saúde)  certificou  a erradicação  da transmissão do vírus no continente.
A partir disso,  o  Brasil e demais países  da região estão comprometidos em manter uma cobertura  vacinal   eficiente.
A erradicação  da doença no país se  deve  à manutenção das coberturas  vacinais de rotina,  às campanhas de vacinação em massa   com vírus vivos atenuados ( Sabin)  desde 1988 e ao aumento do poder imunogênico da vacina usada no Brasil,  utilizando a figura popular do Zé Gotinha,  para  maior divulgação e aceitação.
Outra luta que já traz grandes resultados é a “antipólio” cuja   vacina oral é a única recomendada pela OMS que  utiliza vírus vivo atenuado. Entretanto o sucesso obtido nas Américas não é o mesmo encontrado no Afeganistão, Paquistão e Nigéria,  devido à negligência na conservação da vacina nesses países. Sendo assim, há que se continuar investindo tanto nas campanhas quanto na qualidade dos serviços (conservação e todos os cuidados) para  obter resultados de relevância.
Entre os dias 11 de junho e  06 de julho de 2012 está  ocorrendo  no Brasil , a  Campanha  Nacional de Vacinação contra a Paralisia Infantil .As vacinas estão disponíveis para todas as crianças de 0 a 5  anos de idade nas  unidades de saúde  e também  através de  visitas em determinados locais conforme o cronograma.
A  Campanha Nacional de Vacinação 2012 terá como meta  imunizar 13,5 milhões de crianças menores de 5 anos , o que representa 95% do público – alvo definido pelo Ministério de Saúde.  Neste ano  a imunização será feita em dose única , com duas gotinhas.  A dose deve ser evitada  apenas se a criança apresentar febre ou algum tipo de doença aguda.
Ao todo , 350 mil profissionais de saúde devem participar da ação, que vai contar ainda com 42 mil veículos terrestres , marítimos e fluviais.
Serão distribuídas 23 milhões de doses em todo o país. Os investimentos com a campanha segundo o Ministério de Saúde , somaram R$ 37 milhões,  repassados aos estados e municípios ,  sendo R$ 16 milhões  apenas com a aquisição de vacinas.
Um dado importante que não deve ser desvalorizado na vacina oral contra a pólio, é a ocorrência da doença vacinal (provocada pela vacina),  rara ,  porém presente na proporção de 1/6 milhões de crianças vacinadas  nas campanhas  ou no uso dos esquemas  habituais de vacinação utilizando a vacina “Sabin”.  Os efeitos adversos fez com que os países de primeiro mundo, como os EUA,  desde o ano 2000 abandonassem  o  seu  uso,  em troca da vacina injetável com  vírus inativado ( Salk ),  sem nenhuma ocorrência de dados colaterais nestes casos.
No Brasil a vacina Salk,  até então,  é  disponibilizada apenas  para crianças portadoras do vírus HIV. 
A doença  provocada pelo uso de vacina com o  vírus vivo atenuado   contra a pólio, é constatada como já citamos,  apesar de ser pouco comum.  Surge em até  40 dias após a vacinação oral, com quadro de paralisia  flácida de membros inferiores  trazendo  as mesmas sequelas.
Pelos dados citados  sabe-se que pelo menos 2 casos de paralisia são “provocados” por ano no país.Isso significa que menos 50  ocorrências já foram identificadas em consequência da própria vacina “Sabin”.
Finalmente a título de comparação,  o mau  resultado da doença vacinal  pela Sabin, tem o risco de produzir 1 caso de paralisia para 6 milhões de vacinados,  enquanto que a probabilidade no ganho de uma mega sena é de 1 para 50 milhões de apostadores.
            Embora  as probabilidades da doença vacinal apresentarem índices muitos pequenos, aguarda-se com ansiedade que esta troca oportuna de vacina Sabin pela  Salk seja uma rotina também em nosso país, acabando definitivamente com todas as ocorrências de paralisia  infantil

terça-feira, 19 de junho de 2012

MAS, SÓ BENZA DOUTOR


          Pois então, depois de tudo isto já descrito, passei a usar, associado ao tratamento convencional, secretamente, sem artifícios aparentes, meios de energização para trazer menos gasto energético  para mim e quem sabe melhores resultados ao paciente.
            Numa manhã, quando entrava no hospital, fui procurado por  um pai ansioso que me esperava na portaria:
            -“Doutor, quero que o senhor atenda meu filho agora!”
            
            -Sim, acabou de internar, vamos lá, respondi.
            
            -“Não , doutor, tá internado há dois dias com outro médico”,  relatou o pai.
            
             -Então  meu amigo, por questão de ética ,  não posso examinar seu filho!
            
            -“O senhor não entendeu doutor, não quero que o senhor o examine, só quero que o senhor benza ele, todo o mundo diz que o senhor benze muito bem!”,  retrucou o insistente.
           
          -Por favor, a única coisa que ainda não sou é benzedor, respondi, pensando no que eu tinha me resumido depois de tanto estudo.
            
             O pai saiu bem descontente, acho que me mandando para aquele lugar...
            
              Fiz certo? Pois agora...O que é que eu vou dizer...

MAGNETISMO


          

              A influência que os seres exercem uns sobre os outros já é conhecida desde o antigo Egito. Porém foi Mesmer quem despertou a atenção pública no século XVIII, dando origem à doutrina chamada mesmerismo, que valoriza a transfusão energética e criou muita polêmica no meio médico europeu daquela época.
            A  razão de  falar sobre este assunto foi o motivo que me intrigou desde o tempo que estudava na faculdade de Medicina, até 1970. Campo magnético e eletromagnetismo sempre foram  ventilados no segundo grau, nas aulas de Física. Mas o mesmerismo,  combatido na sua divulgação e jamais   comentado em cursos médicos,  passou a ter outro enfoque no século atual.
            O que me causava muita apreensão no período estudantil era o fato do meu excessivo envolvimento emocional no acompanhamento de doenças, nos estágios hospitalares, sentindo   sintomas semelhantes aos dos pacientes, em todas as disciplinas, com exceção é claro das obstétricas e ginecológicas, sem nenhum embasamento físico.
            Bueno, curso e residência concluídos, conflitos resolvidos, começou uma nova fase, o  atendimento individual, com muitos pacientes internados e em consultório. Naquela época se atendia também inúmeros pacientes em suas residências. Nunca consegui entender porque alguns me desgastavam tanto, com uma prostração incomum. Chegou às minhas mãos naquela época  o livro “Médico de Homens e de Almas¨,  de Taylor Caldwell, onde São Lucas se abalava até  ao desmaio após seus atendimentos, o que me deixava mais consolado.  Mas de São Lucas nunca tive um pinguinho de santidade.
            O interesse por este tipo de vampirismo magnético foi cada vez maior, já que inúmeros de meus pequenos pacientes eram exaustivamente investigados, não apresentavam nada clinicamente e  em seguida melhoravam muito,  me deixando na verdade em “lasca”. Passei  a entender melhor quando li “Mesmer - a ciência negada e  os textos escondidos” de Paulo Henrique de Figueiredo, que relatam os atropelos do ilustre médico em sua época com a divulgação de uma doutrina milenar.
            O ser humano é o maior eletro-íman do magnetismo animal, segundo Mesmer, materialista, ou do chamado “Magnetismo Espiritual”, de  Michaelus, ambos com denominações diferentes mas com o mesmo significado e que ocorrem de uma maneira bem natural, em qualquer que seja o indivíduo, independente de sua profissão. É claro, quanto mais exposto estiver o vampirizado, como o médico, mais solicitada é a sua energia. Relato isto porque seguramente muitos profissionais e estudantes de medicina passam ou devem ter passado por situações semelhantes.
            Modernamente o assunto, graças a Deus, virou moda, com instruções para a reposição energética. O livro “Você pode se  curar - atinja o equilíbrio praticando a bioenergia” de Seka Nikolic, nos faz entender que o seu método é mais uma vez a essência do mesmerismo.
            Do mesmo modo vem da China, de autoria do Dr. Zhi Gang Sha “O poder da cura, as 4 chaves para energizar o corpo, a mente e o espírito”, com o mesmo enfoque, mas com o uso de técnicas orientais. Se as faculdades relacionadas à saúde disponibilizassem em seu currículo um espaço para estas aquisições, acrescidos também dos recursos de conhecimentos homeopáticos de Hahnemann, acredito que só iriam engrandecer o fantástico arsenal da moderna terapêutica médica.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Filantropia



Palavra que mexe com o conjunto de todas as classes. Muitas vezes tem uma conotação demonstrativa de ostentação, mas a participação silenciosa, feita de coração, é a que traz satisfação mais para quem doa do que para quem recebe.
Nos EUA, pessoas físicas e jurídicas beneficiam instituições educacionais, hospitalares, religiosas, ONG’S, como uma forma cultural de cooperação. No nosso meio, geralmente a filantropia tem um enfoque religioso ou é determinante de exposição na mídia, especialmente em crônicas sociais.
De outra forma, a instituição que recebe deve ser transparente nas colaborações financeiras, expondo sua aplicação ou promovendo a participação voluntária cooperativa das pessoas envolvidas em seus trabalhos.
Para quem deseja doar recursos à uma instituição, o ideal é a apresentação pela entidade de uma lista de suas necessidades, para que o doador escolha um dos produtos solicitados e adquira aquele que está dentro de suas possibilidades. A entrega de recursos em espécie traz sempre dúvidas em seu destino, especialmente se esta não for explicitada em sua divulgação.
Torna-se necessário o histórico de quem recebe e particularmente escolher uma instituição próxima do seu local de moradia, sua cidade, para que o tempo de colaboração ou o dinheiro, sejam melhor fiscalizados em sua comunidade. Tudo isso porque a entidade pode ser filantrópica ou pilantrópica, conforme o que norteia o seu caráter.
Grandes tragédias costumam comover a sociedade como um todo, e a melhor cooperação é em trabalho voluntário ou em gêneros a qualquer outro tipo de oferta.
Enfim a filantropia não envolve somente doação em recursos pecuniários, mas pode ser representada melhor ainda por processo participativo em horas dedicadas à uma  organização educacional ou social, de abrangência comunitária.          

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Somatização




Palavra pouco valorizada na época de nossa formação acadêmica nos anos de 1960 e 1970, teve uma conotação muito mais importante nas últimas décadas.  A somatização pode significar manifestações com sintomas, levando até a lesões no organismo, provenientes  de conflitos emocionais. Quando atendíamos um paciente naquela época, toda nossa investigação era na busca incessante de patologias que sempre se enquadrassem em causas de origem orgânica. Os pacientes que não se amoldassem nesse mapa, com certeza eram rotulados de “neuróticos”, que não mereciam muita atenção.
Outro conceito na nossa formação era de que as habilidades adquiridas no curso médico seriam para aplicação em toda a carreira, no  resto de nossa vida profissional.Tudo bem, tínhamos que acompanhar congressos que nos atualizassem, assinar  revistas que nos trouxessem  novas informações, mas os mais caros e melhores  periódicos  só chegavam  nas mãos dos  estudantes e médicos residentes depois que fossem bem curtidos pelo alto staff de qualquer serviço, meses depois de sua publicação.
Com o advento da internet, as coisas tomaram outro rumo. O conhecimento renovável deixou de ser prioridade de poucos, os acessos foram democratizados com o ciberespaço e os novos conhecimentos rapidamente usufruídos por todos. Por outro lado, as faculdades de Medicina aceitaram os ensinamentos de Paulo Freire, “aprender a aprender”, a pensar mais, “aprendendo a vida toda”, refletindo sobre os conceitos transmitidos no passado.
Ganhou o ser humano, lucrou o paciente, jamais abandonando uma investigação clínica adequada e moderna no seu enfoque, mas com o devido respeito à pessoa que nos procurava. Passamos a entender que o antigo “neurótico” era o que mais exigia a nossa atenção, carinho e dedicação, que  somatizava muito suas dificuldades emocionais  e que passamos a nos valer,  após o  devido cuidado holístico ao paciente,  do encaminhamento  para os profissionais da área mais envolvidos com as suas  verdadeiras causas.
Mas se os novos conceitos chegaram aos consultórios particulares, estão muito longe ainda de beneficiar todas as classes sociais em atendimentos públicos, justamente aqueles com as maiores problemáticas sociais. Conclui-se que no Brasil há uma medicina de ponta para as categorias economicamente diferenciadas e outra realidade, bem distante, destituída dos benefícios que a primeira usufrui, somatizando bem mais os seus conflitos.