A população infantil representava,
há cerca de quarenta anos, a base da pirâmide social, hoje substituída pelos
idosos. Porem há algumas décadas o
problema principal com nossas crianças, em termos de alimentação, era a
desnutrição crônica. Entretanto houve
uma concentração de esforços tanto da parte de ações governamentais, como de
ONGs e organizações religiosas na recuperação nutricional dos pequenos
pacientes.
Em contrapartida, esse
trabalho resultou numa mudança rápida do perfil nutricional brasileiro. Os
países desenvolvidos levaram cerca de 100 anos para atingir esta mudança. Um
fator decisivo foi também, em função dos meios de comunicação de massa, uma “americanização”
dos hábitos alimentares brasileiros, com um consumo de produtos de alto valor
calórico, gordura e sal. Nos EUA, 50% da população estão acima do peso e 16%
são obesas, sendo que hoje a obesidade é considerada uma doença crônica não
transmissível (DCNT), de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
Uma vida mais saudável exige
uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes e gorduras, bem como a
prática de atividades físicas. As crianças no Brasil atualmente brincam menos,
passam mais horas assistindo TV e videogames, tomam mais refrigerantes do que
sucos naturais e comem mais alimentos gordurosos, doces e guloseimas.
Não é apenas um problema estético, causador
de bullying no convívio do ensino fundamental. Vários problemas de saúde como o
diabetes tipo 2, hipertensão e cardiopatias, com aumento de colesterol e
triglicerídeos já são constatados na infância.
Convivemos paralelamente com
doenças que não conseguimos combater como hanseníase, dengue e também com
outras de países desenvolvidos, como a obesidade infantil; cerca de 40% de
nossos pequenos pacientes estão acima do peso e 15% são obesas, conforme a
Sociedade Brasileira de Pediatria. Mas devemos tomar muito cuidado porque é na
infância que já se define o número de células gordurosas de um adulto. Ou seja
criança gorda é sinônimo de adulto
também gordo.
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