A palavra fotografia tem sua
origem no grego e significa desenhar com luz e contraste. Há quase duzentos
anos suas técnicas se fizeram presentes entre nós, com sucessivos
aperfeiçoamentos de colaboradores, mas sem identificação de seu real inventor.
A fotografia traz lembranças
nostálgicas, ao mesmo tempo que denuncia atos e fatos trágicos; a natureza ora
perfeita, ou destruída pela ação de forças espontâneas bem como pelo homem no
avanço de interesses econômicos. Transmite outrossim o poderio financeiro de
grandes concentrações de recursos humanos, como em Nova York e Miami; em bolsões de pobreza da periferia de grandes
cidades, por exemplo, nas favelas e lixões do Rio de Janeiro, São Paulo ou
Recife.
As imagens captaram momentos
trágicos emocionantes da invasão de Normandie, na França, na Segunda Guerra
Mundial, com documentos fotojornalísticos exclusivos. No Holocausto, emocionou
o mundo com a capacidade da barbárie humana.
A busca do registro trágico nunca
foi tão intensa como na derrubada das Torres Gêmeas, em Nova York, no 11 de setembro. Retratando também a tragédia
humana, Sebastião Salgado, em preto e branco, comoveu os espectadores, com o
sofrimento da pobreza; dos retirantes da seca no Norte da África ou dos
Movimentos dos Sem Terra, iludidos pela festiva esquerda brasileira.
O fotojornalismo hoje tem a compensação
de ser maquiado, possibilitando a busca do real se tornar em mais autêntico, se
o flagrante não foi perfeito. Permite com recursos técnicos o desejado efeito
subliminar
Na
análise do retrato de Lula ao lado do perplexo Presidente Obama, transmitiu uma
justificativa confissão pela corrupção do Congresso Nacional no seu governo;
pareceu referir que “nada sabia” de tão graves acontecimentos. Novamente
inocentou sua inércia administrativa, pedindo perdão ao homem mais poderoso do
mundo, pela inata incapacidade gerencial.
No ângulo seguinte, Serra,
aparentou esgotar todos os recursos disponíveis para eliminar a oposição.
Transmitiu a imagem de que seus argumentos não convincentes, têm como último recurso
a destruição em massa do concorrente.
Na
outra composição, a presidente Dilma, é virtualmente atravessada por um
espadachim, em solenidade militar. “Pior a emenda que o soneto”, pois ocuparia
a cadeira presidencial, o seu vice, representante do partido mais fisiologista
da República.
Com a famosa e discutida foto do
homem pisando na Lua, passível de todos os retoques, está a representatividade
da capacidade tecnológica humana. Alcançamos tudo o que queremos, mas nada do
que realmente precisamos. A paz, a fraternidade entre os povos, a vitória
contra a fome e a miséria, são utopias longe do alcance dos nossos pés. Por
mais maquiada que seja esta eventualidade sígnica, não substitui as reais
necessidades de conquista da raça humana.
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