segunda-feira, 3 de junho de 2013

Fotojornalismo Subliminar

A palavra fotografia tem sua origem no grego e significa desenhar com luz e contraste. Há quase duzentos anos suas técnicas se fizeram presentes entre nós, com sucessivos aperfeiçoamentos de colaboradores, mas sem identificação de seu real inventor.
A fotografia traz lembranças nostálgicas, ao mesmo tempo que denuncia atos e fatos trágicos; a natureza ora perfeita, ou destruída pela ação de forças espontâneas bem como pelo homem no avanço de interesses econômicos. Transmite outrossim o poderio financeiro de grandes concentrações de recursos humanos, como em Nova York e Miami;  em bolsões de pobreza da periferia de grandes cidades, por exemplo, nas favelas e lixões do Rio de Janeiro, São Paulo ou Recife.
As imagens captaram momentos trágicos emocionantes da invasão de Normandie, na França, na Segunda Guerra Mundial, com documentos fotojornalísticos exclusivos. No Holocausto, emocionou o mundo com a capacidade da barbárie humana.
A busca do registro trágico nunca foi tão intensa como na derrubada das Torres Gêmeas, em Nova York, no  11 de setembro. Retratando também a tragédia humana, Sebastião Salgado, em preto e branco, comoveu os espectadores, com o sofrimento da pobreza; dos retirantes da seca no Norte da África ou dos Movimentos dos Sem Terra, iludidos pela festiva esquerda brasileira.

O fotojornalismo hoje tem a compensação de ser maquiado, possibilitando a busca do real se tornar em mais autêntico, se o flagrante não foi perfeito. Permite com recursos técnicos o desejado efeito subliminar
Na análise do retrato de Lula ao lado do perplexo Presidente Obama, transmitiu uma justificativa confissão pela corrupção do Congresso Nacional no seu governo; pareceu referir que “nada sabia” de tão graves acontecimentos. Novamente inocentou sua inércia administrativa, pedindo perdão ao homem mais poderoso do mundo, pela inata incapacidade gerencial.
No ângulo seguinte, Serra, aparentou esgotar todos os recursos disponíveis para eliminar a oposição. Transmitiu a imagem de que seus argumentos não convincentes, têm como último recurso a destruição em massa do concorrente.
       Na outra composição, a presidente Dilma, é virtualmente atravessada por um espadachim, em solenidade militar. “Pior a emenda que o soneto”, pois ocuparia a cadeira presidencial, o seu vice, representante do partido mais fisiologista da República.

Com a famosa e discutida foto do homem pisando na Lua, passível de todos os retoques, está a representatividade da capacidade tecnológica humana. Alcançamos tudo o que queremos, mas nada do que realmente precisamos. A paz, a fraternidade entre os povos, a vitória contra a fome e a miséria, são utopias longe do alcance dos nossos pés. Por mais maquiada que seja esta eventualidade sígnica, não substitui as reais necessidades de conquista da raça humana.  


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