terça-feira, 28 de agosto de 2012

Fome Oculta e Defesas Naturais

               

                 A fome é definida como uma necessidade urgente de comer, visceral, enquanto o apetite é o desejo seletivo de determinados alimentos.
                A maioria dos animais alimenta-se para satisfazer a sua fome, mas o homem além das necessidades viscerais acrescenta o desejo prazeroso, condicionado ao aroma, sabor, etc., predispondo à obesidade.
                Com o advento da bioquímica celular, passou-se a conhecer os nutrientes que exercem papel preventivo de doenças, como a defesa das agressões do próprio organismo e do meio ambiente. Esta falta dos protetores de ingestão adequada tem o nome de fome oculta, silenciosa, necessária ao organismo, diferente da fome visceral e do apetite.
                Animais de laboratório escolhem entre as rações ofertadas as que mais necessitam para seu caso específico. Entre os seres humanos, em determinadas situações, a escolha seletiva pode existir, como em crianças e gestantes que comem terra quando têm deficiência de ferro.
 Além da anemia já citada, no Brasil, a fome oculta é constatada pela deficiência de vitaminas, sais minerais e elementos inibidores da absorção intestinal. A hipoavitaminose A tem uma participação significativa em crianças menores de 7 anos, bem como a osteoporose em todas as idades, mais em idosos, por baixa ingestão de cálcio e vitamina D.
Um fato interessante a ser observado é que na humanidade a ingestão calórico e protéica em nativos é inconscientemente satisfeita conforme suas necessidades. Procuram as associações, sem saber, de aminoácidos mais adequados para sua dieta, perpetuando nas gerações os padrões mais compatíveis com suas reais necessidades orgânicas. É uma defesa natural e inconsciente.
                Há algum tempo cientistas constataram que o caldo de galinha usado diariamente pelos nossos antepassados, no período pós parto, reunia os aminoácidos indispensáveis para a regeneração tecidual.
                O feijão com arroz, tão habitual na dieta brasileira é outra feliz combinação de significativos nutrientes para o organismo.
                Recentes pesquisas da Universidade de São Paulo mostraram o quanto os paulistanos estão se alimentando mal, sendo que 95% dos entrevistados ingerem menos frutas, vegetais e sucos naturais do que são recomendados pelo Ministério da Saúde. Com certeza é motivado pela corrida diária da sobrevivência nas grandes cidades.
                A fome oculta, sendo uma deficiência de vitaminas e sais minerais, não está necessariamente ligada à desnutrição calórico protéica, se desenvolve silenciosamente e repercute nas defesas imunológicas, estado físico e mental do indivíduo.
                Todas as classes sociais podem ser atingidas por esta doença, seja pela falta de recursos ou nas mais favorecidas pela recusa de ingestão de alimentos naturais, frutas e vegetais.     

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Viroses de Inverno


        
  O Inverno se despede no próximo mês e apesar do maior contingente de epidemias respiratórias ter diminuído os ambulatórios e hospitais ainda têm um movimento significativo com suas presenças.
                
      Resfriados, gripes, bronquites, bronquiolites, pneumonias e a terrível H1N1, todas causadas por vírus, bem como as rinites alérgicas agilizam os serviços médicos, com possíveis internações decorrentes de suas complicações.
                 
         A mais temível das viroses do frio, a gripe A (H1N1) teve seus estoques de vacinas esgotados no sul do país, e deixou um rastro de mortes nesta região, especialmente em Santa Catarina (SC), com mais de 70 casos já computados.

          Os mais vulneráveis são os extremos da vida, crianças e idosos, bem como as grávidas normalmente com imunidade mais baixa, mas neste ano a faixa etária com maior número de mortes em Santa Catarina tinha em média 40 a 59 anos (61%), portadores de doenças crônicas, obesidade e tabagismo.
               
     A alimentação recomendada é sempre a mais saudável e equilibrada, associada à vitamina C em doses adequadas oriundas de suco de fruta natural, recém preparado. Jamais aqueles que ficam à venda em amostra com recipientes em movimento constante, que destroem seu valor nutritivo, lembrando sempre que o excesso deste produto não é estocado no organismo, sendo eliminado pela urina. 

      Os ambientes devem sempre ser bem ventilados e é fundamental a boa higiene das mãos, veículo das contaminações, especialmente com o uso de álcool em gel nos  lugares públicos, como restaurantes e lanchonetes.
               
      O sedentarismo e o stress contribuem para diminuir a resistências às infecções, ao mesmo tempo as aglomerações facilitam a disseminação das doenças do inverno.
                 
          As vacinas disponíveis são fundamentais e possivelmente no próximo ano vão englobar um universo mais abrangente em função de outras faixas etárias também atingidas, além daquelas consideradas atualmente de alto risco.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Som alto pode prejudicar a audição, memória e a aprendizagem




Grande parte das pessoas sabe que o excesso de barulho no trânsito como buzinas, apitos, carros de som, britadeiras, turbinas de avião, cortadores de grama e shows de rock, por exemplo, podem causar sérios problemas de audição.

A deficiência pode ser irrecuperável segundo os otorrinos.

Como todo o organismo, as células auditivas também sofrem a ação da idade, especialmente quando outras doenças estão associadas como diabetes, hipertensão e aumento de colesterol.

Mas não são somente os mais velhos que estão sujeitos a estes problemas. Os jovens frequentadores de baladas, usuários de fones de ouvido em alto volume, vídeo games, são vítimas dos agentes responsáveis por danos ao aparelho auditivo.

Entretanto, o mais preocupante é o resultado de pesquisas feitas em animais de laboratório com sons mais altos que o considerado seguro (70 a 80 dB), levando após duas horas de exposição,  a danos considerados irreversíveis às células cerebrais de ratos.

Os coordenadores do trabalho deram preferência ao uso destes animais, com idade equivalente entre 6 a 22 anos de seres humanos, e também porque eles têm um sistema nervoso semelhante à nossa espécie.

Duas horas de exposição foram suficientes para uma lesão definitiva das células cerebrais em desenvolvimento das cobaias.

As pesquisas continuam, mas servem como alerta de que o uso dos fones de ouvido deve ser moderado, e a música deve ser escutada em volume mais baixo e por menor espaço de tempo de exposição, com uma supervisão mais presente de pais e responsáveis.

Outro cuidado é evitar, na limpeza, o uso de cotonetes, aliás, sua venda poderia até ser restrita, porque pode ser causa de lesão timpânica. A cera é um protetor contra o desenvolvimento de fungos no conduto auditivo. A toalha para secar uma orelha molhada, deve se limitar só até onde se chega com o dedo quando é secado, evitando também sua introdução mais profunda.