Doença
e Preconceito
Cada
dia os serviços de saúde para o atendimento do sexo masculino têm sido mais
procurados em função do estímulo proporcionado pelas campanhas, notoriamente na
televisão.
Porém,
por mais amplas que elas sejam
efetivadas, não há um acesso global em todas as regiões visadas e nem sempre
conseguem atingir seu objetivo, seja pelo horário de divulgação , ou por outros
motivos bem preconceituosos. A vergonha da exposição do corpo, se torna uma das
mais frequentes.
As patologias com quadro clínico mais avançado
têm mostrado a visita tardia que é feita nos serviços médicos especialmente
quando o paciente é homem de idade mais avançada.
Entre
os motivos apresentados são citados o
tempo que o provedor da casa gasta com esta avaliação, em detrimento do possível ganho durante o
horário de trabalho, sendo deslocado de sua rotina pela busca de recursos
financeiros.
A
estatística é mais significativa quando o doente tem mais de 50 anos, e as
queixas são de natureza urológica, como dificuldades na micção e alterações da
libido que exigem uma adequada investigação.
Desde
a hipertrofia até o câncer de próstata, os procedimentos exigem uma atenção que
inibem o candidato que necessita de avaliação. O machismo preconceituoso é o maior
impecilho para uma sequência simples e
precoce.
Um
exame de PSA elevado que pode ser responsabilizado por doenças urológicas como
uretrite, prostatite, epididimite, infecção urinária ou hipertrofia benigna de
próstata, não deve ser desacompanhado de
um necessário toque retal, afastando uma causa maligna, muitas vezes de difícil aceitação imediata pelo paciente mais idoso.
O
preconceito continua sendo a maior razão de tanta dificuldade na procura do
profissional. A consulta é então protelada, com diagnóstico atrasado, o
tratamento é mais caro, as complicações
são maiores e consequentemente a sobrevida pode ser menor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário