quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Igualdade desigual


             
           Liberdade, Igualdade, Fraternidade! Os lemas da Revolução Francesa ecoam até hoje em todas as sociedades. Nascidos iguais, em diferentes pontos do planeta, fisiologicamente semelhantes em seu arcabouço anatômico, os homens anseiam pelos mesmos direitos.

A participação social em todos os ambientes coincidem com os  objetivos de liberdade. Historicamente, porém o ser humano sempre lutou pelo poder e domínio dos povos vizinhos ou distantes.

Os meios utilizados para os fins não foram diferentes desde os primórdios da humanidade. Aprimoraram-se as técnicas para os efeitos, mas o caráter de civilização apenas cobriu-se de leve verniz.

O domínio usou vários matizes para justificar seus atos, tais como a cor do sangue, da pele, a capacidade física, intelectual, desnível social e poder econômico. Moralmente, entretanto o dominador nunca mostrou justificativa convincente.

Na vida de todos os povos a marca da violência acompanhou a luta pela supremacia. Mudaram as datas, os séculos, até atingir os lemas que a Revolução Francesa em 1789 julgava ser os limites suportáveis.

Passaram-se mais de duzentos anos, todavia só a miséria social do homem é igual em todos os cantos. A desigualdade de classes reflete ausência de compaixão e fraternidade.

O mundo vive no momento um período de perdas de identidades sociais. Países poderosos veem a variação do poder mudando o destino da secular liderança econômica e social.

Regimes tidos como modelos de ascensão procuram desesperadamente adaptar-se à uma nova realidade. Haveria finalmente um abalo nas consciências coletivas em direção aos ideais franceses? Somente a evolução sequencial dos fatos com os quais nos deparamos hoje é que vão nos mostrar as diretrizes de uma igualdade mais igualitária.   

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