Qual é o nosso
maior inimigo? Dependendo do ponto de vista cultural social ou religioso, as
respostas são bem diferentes. Ora é o patrão que nos deu a conta num momento
difícil, a ex-mulher, o correligionário político que nos aprontou no meio do
caminho, o ex- amigo que nos deixou entre as dificuldades e assim por diante...
Para algumas
correntes religiosas é o tirano do mal, a nos espreitar, aguardando o momento
mais propício de atacar, explorando as fragilidades. Tem vários nomes e
descrições como se alguém já o tivesse visto...
Poucas vezes
refletimos que o nosso maior inimigo somos nós mesmos. É nossa ignorância, teimosia, reincidência no
erro, sintonia constante no pessimismo, revolta desmedida, falta de perdão, maledicência,
vícios, enfim tudo aquilo que estamos
cansados de saber e que é a maior causa de doenças emocionais e físicas.
Os grandes frequentadores
dos consultórios médicos criam suas doenças. Somos parabólicas ambulantes e
sintonizamos aquilo que preferimos. Alimentamos progressivamente nossos males
físicos e os direcionamos para níveis inesperados.
Inúmeros
consultórios de psicólogos e psiquiatras têm trabalho redobrado porque dispõem
de mais tempo para ouvir as queixas dos pacientes e é quase só justamente disso
que eles precisam. O trabalho de formação médica ainda continua muito voltado
para os achados orgânicos e na busca dos micro-organismos ou distúrbios
metabólicos responsáveis.
Muitas vezes as
causas estão associadas porque nada melhor para baixar a imunidade do que a
convivência diária e com a alimentação constante dos problemas ao nosso
redor.
Um provérbio
chinês diz que não podemos impedir que pássaros da maldade e da incompreensão sobrevoem
nossas cabeças, mas devemos impedir que façam ninhos nos cabelos.